4.1 Criptas de Lieberkuhn & Maturação de enterócitos

Existem algumas características anatómicas e fisiológicas adicionais do intestino delgado que é importante compreender antes de definir a captação e a absorção. As criptas de Lieberkuhn são cavidades entre as vilosidades, tal como indicado pela seta verde na figura abaixo.

Figura 4.11 Uma cripta de Lieberkuhn é a fossa entre as vilosidades do intestino delgado, como indicado pela seta verde1

As criptas de Lieberkuhn (muitas vezes referidas simplesmente como criptas) são semelhantes às fossas gástricas no estômago. As criptas contêm células estaminais que podem produzir vários tipos de células diferentes, incluindo enterócitos2. A partir destas células estaminais na cripta, formam-se células enterocitárias imaturas que amadurecem à medida que sobem, ou migram para cima, as vilosidades. Assim, as pontas no topo das vilosidades são onde as células amadurecem,estão localizados os enterócitos em pleno funcionamento, como representado pelas células roxas na figura abaixo3.

Figura 4.12 As criptas são representadas por setas verdes, os enterócitos completamente maduros são representados pelas células púrpura no topo das vilosidades

Este processo de maturação e migração é contínuo. O ciclo de vida de um enterócito é de 72 horas após a sua entrada nas vilosidades a partir da cripta2. No topo, os enterócitos são eliminados e, a menos que sejam digeridos (contêm proteínas e lípidos) e que os componentes sejam absorvidos pelos enterócitos ainda nas vilosidades, serão excretados nas fezes, tal como ilustrado na figura abaixo.

Figura 4.13 Enterócitos que se desprendem das vilosidades. A menos que estas células sejam digeridas e os seus componentes sejam absorvidos por outros enterócitos nas vilosidades, serão excretados nas fezes

Assim, definimos a absorção como a chegada à circulação corporal, porque os compostos absorvidos pelos enterócitos podem não chegar à circulação corporal e, por conseguinte, não são necessariamente absorvidos.

Referências & Ligações

1. //digestive.niddk.nih.gov/ddiseases/pubs/celiac/

2. Stipanuk MH (2006) Biochemical, physiological, & molecular aspects of human nutrition (Aspectos bioquímicos, fisiológicos e moleculares da nutrição humana) St.

3. Gropper SS, Smith JL, Groff JL (2008) Advanced nutrition and human metabolism (Nutrição avançada e metabolismo humano) Belmont, CA: Wadsworth Publishing.

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